O SECRETARIO GERAL da Frelimo, Roque Silva, disse ontem, em Pemba, que o partido está atento a algumas Organizações da Sociedade Civil (OSC) que recebem financiamentos externos de certas células dos países ocidentais para desestabilização interna, por meio de mensagens divulgadas através das redes sociais para dar a entender que em Moçambique tudo está errado.
Conforme deixou claro, por causa de dinheiro que recebem, as tais organizações procuram, a todo custo, passar estas mensagens aos jovens para se revoltarem contra o Governo e criar caos, sob alegação de que o país está pior que antes se tornar independente do colonialismo português.
Sem especificar, o político chamou à atenção aos jovens para não se deixarem levar por essas mensagens que procuram destruir o país conquistado com muito sacrifício. “Os que nos colonizaram ontem, ainda não se conformaram que jamais este país será deles, por isso usam alguns moçambicanos, pagando uns dólares, para desestabilizar a nação, através de incitação de jovens à revolta. Inundam de mensagens as redes sociais falando mal do Presidente Nyusi e do seu Governo, por isso quero pedir a eles para estarem atentos, que estão a ser usados também por aqueles que são pagos”, alertou Silva.
Roque Silva reconheceu que nem tudo está bem, que pode estar a serem cometidos alguns erros, “mas mesmo se estivermos errados, nós moçambicanos é que iremos dizer que isso e aquilo não esta correto e vamos corrigir e não os antigos colonizadores”, disse. Afirmou que os antigos colonizadores ainda não digeriram a descolonização de África, afirmando que eles procuram, a todo custo, criar desordem para ver se conseguem voltar para pilhar os recursos através de alguns africanos como os de certas organizações da sociedade civil, segundo disse, bem identificadas pelo partido.
“A Líbia era um país africano que já estava no alto patamar, em termos de desenvolvimento, onde a educação até à universidade era gratuita para os jovens que, depois da formação, tinham emprego garantido, e mesmo os desempregados tinham dinheiro ao fim do mês. Insatisfeitos com isso, incitaram aos jovens para se rebelaram contra o governo, mataram Kadhafi e hoje não há nada na Líbia, eles estão a se matar todos os dias”, apontou.
O político falava aos membros e simpatizantes da Frelimo no início da visita que efetua desde ontem, à província de Cabo Delgado, numa deslocação em que irá escalar os distritos de Ibo, Palma, Mocímboa da Praia, Montepuez, Balama e Chiúre para fiscalizar desempenho das autarquias sob sua gestão.
“Queremos aferir de perto se o prometido foi cumprido. Se não cumpriram por razão justificável iremos ponderar, mas se for por incompetência ou outra desorganização, vamos responsabilizar os camaradas que foram confiados a missão de gerir tais municípios”, prometeu, acrescentando que o partido irá, igualmente, trabalhar nas vilas de Ibo e Balama, elevadas a autarquias.
“Iremos saber como estamos a organizar a nossa vitória onde temos a obrigação de ganhar. Mas também viemos saber como estamos a organizar a nossa vitória em Chiúre porque este ano temos objetivo claro de arrancar aquelas veladas mãos da Renamo. Como podem ver, a Frelimo traçou a meta de ganhar todos os municípios de Moçambique”, sentenciou Roque Silva.