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Os alegados mandantes da tentativa de assassinato vão ser alvo de investigação

o “branco e o paquistanês”, alegados mandantes, vão ser alvo de investigação
CartaMZ

O caso da tentativa de assassinato de Momade Assife Abdul Satar, “Nini Satar”, na Cadeia de Máxima Segurança na Machava, a “BO”, teve hoje o seu epílogo com a condenação de todos os 5 dos 6 réus implicados, de acordo com a acusação do Ministério Público.

Mas…é provável que, tal como nos raptos, os mandantes do crime não sejam nunca encontrados. Trata-se de “um branco e um paquistanes”, referidos inúmeras vezes nas etapas investigativas do processo.

Hoje, todos cinco réus que compareceram durante o julgamento do caso foram condenados, mas a penas distintas. Edson Muianga e José Ngulele, agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) vão cumprir 7 anos de prisão, cada um. Para além desta condenação em sede de processo-crime, sobre estes dois agentes correm processos disciplinares que culminarão com a sua expulsão da corporação.  

Por sua vez, Leão Wilson e António Chicuamba, reclusos em cumprimento de penas de prisão maior na BO, receberam 5 e 4 anos, respectivamente, enquanto Damião Mula, outro recluso, apanhou 4 anos.

Junto a estes deveria estar presente um alegado cabecilha da quadrilha e arquitecto do plano, Lenine Macamo, agente da Unidade de Intervenção Rápida da cidade de Maputo. Ele está foragido desde que o caso foi despoletado no início do ano passado, havendo no entanto, nos meandros policiais, a suspeita de que ele poderá ter sido abatido pelos alegados mandantes do crime, cujas identidades nunca foram cabalmente reveladas.

Hoje, na leitura da sentença, o juiz do caso realçou que a tentativa de assassinato de Nini Satar ficou provada, assim como o envolvimento dos condenados. No julgamento, alguns réus tentaram convencer ao tribunal que a trama não passava de uma mera brincadeira. O juiz disse que os arguidos são experientes em matéria de crime, pelo que nunca poderiam ser contratados para fazer teatro.

Fonte: Carta MZ