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Niassa desmobiliza 290 ex-guerrilheiros da Renamo

Parte dos 290 ex-guerrilheiros que aderiram ao DDR no Niassa

DUZENTOS e noventa antigos guerrilheiros da Renamo residentes no Niassa aderiram ontem ao Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR). O secretário de Estado na província do Niassa, Dinis Vilanculo, foi quem dirigiu a cerimónia em Mepica, no distrito de Cuamba. Na ocasião, indicou que com este acto o Governo pretende dar passos determinantes e cada vez mais céleres no roteiro da paz efectiva e duradoira.
“Já não há nenhum pretexto para homens permanecerem entrincheirados nas matas empunhando armas de fogo e a criar clima de medo e preocupação nas populações”, sublinhou o governante.

Vilanculo instou os ex-guerrilheiros da Renamo a contactarem imediatamente as lideranças comunitárias para ter parcelas para a construção de habitações, iniciando nova vida num clima de paz. Niassa oferece condições agro-ecológicas que devem estimular os ex-guerrilheiros a se envolverem na produção agro-pecuária, segundo Dinis Vilanculo, que convidou o grupo a fazer parte da construção da democracia e bem-estar social. Por seu turno, Paulo Chachine, membro do Governo na Comissão dos Assuntos Militares, disse que o que falta fazer no âmbito do DDR é muito pouco quando comparado com o ponto de partida do processo.
“Falta por desmilitarizar, desmobilizar e reintegrar cerca de seiscentos homens. Por por isso aproveitem o tempo disponível para construir ou reconstruir as vossas vidas na companhia dos vossos parentes e amigos”, sublinhou.

O secretário-geral da Renamo, André Magibire, manifestou satisfação com a retoma do DDR, congratulando o esforço do Governo visando mobilizar recursos para garantir que o desarmamento possa chegar ao sem sobressaltos.
Os 290 ex-guerrilheiros da Renamo em desarmamento provêm de vários distritos do Niassa onde o então movimento armado havia instalado bases militares, a partir das quais planeava e executava ataques à população e infra-estruturas públicas e privadas