A PRESTAÇÃO de cuidados de saúde poderá melhorar significativamente no país com a formação de 3316 profissionais da área até 2030.
Do total de quadros a serem disponibilizados até 2030, mil são médicos especialistas, 300 técnicos superiores e 2016 técnicos médios especializados em cirurgia, anestesiologia, imagiologia, instrumentação e cuidados intensivos.
A formação destes profissionais faz parte do Plano Acelerado de Formação de Técnicos Especializados de Saúde de Nível Médio, Superior e Residência Médica, que reconhece, entre outros, a insuficiência qualitativa e quantitativa de profissionais de saúde.
Falando recentemente em Maputo, o ministro daSaúde, Armindo Tiago, afirmou que, para o sucesso deste instrumento, vai-se introduzir um currículo baseado em competências, mantendo-se a duração da formação.
Prevê-se ainda a acreditação de todas as instituições de formação, campos de estágio e programas de formação. Com efeito, a partir de 2023 haverá acreditação de programas de formação e campos de estágio de cinco para 11 províncias.
“Com a disponibilização de mais técnicos especializados, estaremos a criar condições para melhorar a prestação de cuidados de saúde de qualidade à população moçambicana”, disse.Disse que, entre 2020 e 2021, a saúde formou 93 médicos especialistas e 2666 técnicos médios e superiores. Segundo ele, foram ainda providas 5216 vagas para profissionais de saúde em 2021, contra 3985 em 2020.
“Não obstante os progressos registados nos indicadores sanitários do país, ainda persistem desafios relacionados com a capacidade de resposta à demanda de serviços de saúde, em parte como resultado do rápido crescimento populacional e da expansão da rede sanitária”, reconheceu.
Desde a independência nacional, o país formou 51.478 técnicos, dos quais 50.711 médios e superiores, e 767 médicos especialistas. Conta ainda com o apoio actual de 493 médicos estrangeiros.