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GUERRA NA UCRÂNIA: Erdogan insiste em cimeira Putin-Zelensky

O PRESIDENTE da Turquia,  Recep Tayyip Erdogan, voltou ontem a convidar os seus homólogos da Rússia e da Ucrânia, respectivamente, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, para uma cimeira na Turquia.

Erdogan disse, momentos após terminar a oração do Ramadão numa mesquita em Istambul, que o seu assessor Ibrahim Kalin e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Onal Sedat, reuniram-se no sábado, em Kiev, com as autoridades ucranianas e transmitiram uma série de “desejos”. Por outro lado, o Presidente turco espera uma provável reunião da delegação turca com Vladimir Putin ainda esta semana.

O estadista turco insistiu na sua oferta, feita inúmeras vezes desde o início do conflito na Ucrânia, para que Putin e Zelensky se encontrem na Turquia, sublinhando que o seu país será o lugar onde “serão dados passos em relação a uma solução no leste da Ucrânia”.

A Rússia lançou a 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as Nações Unidas, já matou cerca de três mil civis. A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país.

Entretanto, com os combates a entrarem hoje no seu 69.ª dia, o ministro russo dos Negócios Estrangeiros negou que Moscovo pretenda pôr fim à guerra na Ucrânia a 09 de Maio, quando se celebra o Dia da Vitória, apesar de analistas preverem o fim do conflito nessa data.

“Os nossos militares não ajustarão artificialmente as suas acções a qualquer data, incluindo o Dia da Vitória”, disse Sergei Lavrov numa entrevista à televisão italiana Mediaset, transmitida no domingo, referindo-se à data comemorativa de 09 de Maio de 1945 e à rendição nazi aos aliados, incluindo à antiga União Soviética.

“O ritmo de operação na Ucrânia depende, acima de tudo, da necessidade de minimizar possíveis riscos para a população civil e para os militares russos”, acrescentou.

“Celebraremos solenemente o 09 de Maio, como sempre fazemos. Recordemos aqueles que caíram pela libertação da Rússia e de outras repúblicas da ex-URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), pela libertação da Europa do flagelo nazi”, disse Lavrov.-(Lusa)