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Gás do ROVUMA pode suprir 20 por centos da demanda global

Gás do ROVUMA pode suprir 20 por centos da demanda global
Jornal Noticias

A COMPANHIA petrolífera francesa Total Energies afirma que as reservas de gás natural disponíveis na Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, podem cobrir até 20 por cento do consumo global.

No entanto, para que as projeções se transformem em realidade é necessário que o país consiga desenvolver todos os projetos em carteira. O facto foi revelado esta semana, em Pemba, pelo diretor executivo do projeto Mozambique LNG, da Total Energies, Maxime Rabiloud, durante a Cimeira de Indústria e Energia, que decorreu na cidade de Pemba, que serviu de plataforma para debate sobre investimentos, oportunidades de negócios naquela província e que junta investidores, tomadores de decisão e formuladores de políticas.

“A nossa convicção é que o gás natural coloca Moçambique numa posição-chave e o país deve tirar proveito disso, numa altura de transição energética. Muitas vezes olhamos para os números e não sabemos o que significam, mas o gás do Rovuma coloca o país numa das primeiras posições como fornecedor de gás no mundo”, frisou.

Sobre a transição energética e o papel-chave de Moçambique no processo, Rabiloud revelou que o país tem o potencial para integrar a lista dos 10 maiores produtores de gás natural liquefeito no mundo. Disse que o país também ocupa uma posição única no mundo no que tange ao potencial para a produção de energias verdes, hídricas e solar, bem como a captação do CO2, mostrando abertura da Total Energies para apoiar na realização deste potencial. Sobre o relatório da situação humanitária, em Cabo Delgado, divulgado na semana passada, Rabiloud explica que a mensagem que o documento pretende transmitir é de uma relação baseada em compromisso de longo prazo com os moçambicanos.

 “O que está escrito no relatório do consultor independente é o que a Mozambique LNG e a Total Energies pretendem, que é, passar a mensagem de um compromisso a longo prazo após a retoma do projeto”, disse Rabiloud, no primeiro comentário sobre o relatório da situação humanitária em Cabo Delgado, divulgado na semana passada. A multinacional esclarece que, as recomendações vertidas no relatório sobre direitos humanos e plano de Acão, criação de um fundo de 200 milhões de dólares para assistência as comunidades locais, visam incluir mais atores chaves na intervenção em Cabo Delgado, nomeadamente, parceiros de cooperação e sociedade civil.

 “Queremos que haja uma entidade legal de tipo fundação para coordenar as operações”, acrescentou. A Total Energies frisa que a criação do referido fundo não significa nenhuma exclusão das autoridades moçambicanas na execução de iniciativas sociais a nível local, mas sim a manutenção do compromisso económico e social, vincando que a estruturação da referida entidade será feita em coordenação com o governo.

 “O funcionamento dessa entidade será sempre em coordenação com as autoridades moçambicanas. São ações que serão realizadas com a direção do governo. O propósito é tornar o trabalho mais inclusivo abrangente”, disse.

A fonte refere que a relação entre a Total Energies e o governo é comprovado pelas ações em curso, nomeadamente a reabilitação da estrada em Palma e os projetos agrícolas para criar ligações entre iniciativas empresariais no sector agrícola nos distritos onde ocorremos projetos.

Fonte: Jornal Noticias