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FMI: “Reservas Internacionais de Moçambique em Queda, Mas Ainda Acima do Recomendado”

FMI aprova desembolsado de 60 milhões de USD para Moçambique
Carta MZ

Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta sexta-feira (14), que as reservas internacionais de Moçambique estão em queda desde 2021, mas acrescentando que ainda cobrem 4,3 meses das necessidades estimadas de importações.

“As reservas internacionais brutas cobrem quase 4,3 meses de importações, o que está acima da quantidade mínima comummente recomendada, que é de pelo menos três meses”, refere a entidade num relatório sobre a aprovação final da revisão ao Programa de Financiamento Ampliado para Moçambique.

O documento acrescenta que as reservas têm caído desde o início de 2021, atingindo 2,9 mil milhões de dólares no final do ano passado.

No entanto, o FMI reconhece que o impacto dos “altos custos” com a importação de combustíveis, associado ao fornecimento de divisas aos principais importadores, impulsionou a referida queda. “Ao mesmo tempo, as importações não relacionadas com os megaprojectos aumentaram significativamente nos últimos dois anos, diminuindo ainda mais a cobertura de importações das reservas”, aponta o documento.

Em Janeiro último, o Banco de Moçambique aumentou o rácio de reservas obrigatórias para depósitos à ordem, estrangeiros, de 11,5% para 28%, e em Abril reduziu o fornecimento aos importadores de combustível de 100% para 60%.

No dia 6 de Julho, o FMI aprovou a segunda revisão do Programa de Financiamento Ampliado para Moçambique, garantindo um desembolso de 60,6 milhões de dólares, e reviu o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% para 7%.

Com esta aprovação, Moçambique passa a somar 212,09 milhões de dólares recebidos, num total de 470 milhões anunciados em Maio de 2022.

Nas previsões macroeconómicas para este ano, o FMI prevê uma aceleração do crescimento do PIB do País de 4,2% em 2022 para 7% este ano, antecipando que, no final de 2023, a inflação tenha descido de 10,3% para 6,7%, o mesmo que em 2021, mas, ainda assim, quase o dobro dos dois anos anteriores.

O rácio da dívida em função do PIB deverá manter a trajectória descendente e chegar ao final deste ano nos 89,7%, melhorando face aos 95,5% registados no ano passado.

Fonte: Diario Economico.