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Exportações rendem cerca de 2 biliões de USD no primeiro trimestre

Exportações rendem cerca de 2 biliões de USD no primeiro trimestre

As vendas de bens realizadas pela economia moçambicana para o resto do mundo renderam ao país 1.7 mil milhões de USD, no primeiro trimestre de 2023, um incremento de 4,4 milhões de USD, quando comparado a igual período de 2022.

A evolução positiva registada nas receitas de exportação é justificada, essencialmente, pelo crescimento das vendas dos produtos exportados pelos Grandes Projectos (GP), com ênfase para o sector da indústria extractiva (gás natural, areias pesadas e rubis, safiras e esmeraldas), com um aumento de 280,1 milhões de USD.

Entretanto, o Relatório Trimestral de Balança de Pagamentos diz que as exportações de produtos de outros sectores da economia, como a indústria transformadora (alumínio) e energia, registaram decréscimos nas vendas em 140,7 milhões de USD e 8,8 milhões de USD, respectivamente.

Publicado há dias pelo Banco de Moçambique, o relatório aponta que a Índia, com 288,8 milhões USD, ocupou a primeira posição como principal destino das exportações, com um peso de 17 por cento no total das exportações, destacando-se o carvão mineral, castanha de caju, legumes secos ou em grão, entre outros.

A África do Sul somou 256,6 milhões de USD, o que lhe conferiu a segunda posição, com um peso de 15,1 por cento sobre o total das exportações, apresentando-se como o principal consumidor de gás natural, energia eléctrica, carvão, banana, perucas, entre outros. Já as vendas ao Reino Unido, com um peso de 8,1 por cento do total de exportações, renderam ao país receitas de 137,4 milhões de USD, destacando-se o alumínio bruto, gás natural, fios de alumínio, entre outros.

As exportações para a Croácia conferiram ao país receitas de 117,5 milhões de USD (com uma porção de 6,9 por cento do total de exportações), tendo como principais produtos o gás natural, carvão, tabaco, entre outros. 

Já a China – com uma participação de 6,5 por cento do total das exportações, teve como principais produtos areias pesadas, areias naturais, grafite, sementes e frutos oleaginosos, entre outros. Por fim, com a Itália – com um peso de 4,9 por cento do total das exportações, o país arrecadou receitas na ordem de USD 83,9 milhões, salientando-se a exportação de alumínio, gás natural, areias pesadas, açúcares de cana e beterraba, entre outros.

No período em análise, a factura com a importação de bens registou uma variação negativa na ordem de 66,1 por cento, para 2 mil milhões de USD, a reflectir, essencialmente, a redução, em 94,8 por cento, das importações dos GP, face ao aumento da factura de importação do resto da economia em 28,9 por cento.

“Refira-se que as importações de bens realizadas, no primeiro trimestre de 2022, foram influenciadas pelo registo da chegada da plataforma flutuante Coral Sul FLNG, no âmbito da produção do gás na área 4 da bacia do Rovuma, avaliada em cerca de 4.6 mil milhões de USD. Excluindo aquele montante, os dados do primeiro trimestre de 2023 mostram um incremento de 8,4 por cento, em relação ao mesmo período de 2022”, refere o relatório.

África do Sul ocupou a primeira posição como principal país de origem das importações moçambicanas, com um peso de 23,2 por cento do total das importações, cuja factura se situou em 481 milhões de USD, destacando-se a energia eléctrica, automóveis para transporte de mercadorias, barras de ferro, milho.

A China, com um peso de 14,4 por cento sobre o total das importações, ocupou a segunda posição como o principal fornecedor de bens para Moçambique, salientando-se o fornecimento de aparelhos eléctricos, materiais agrícolas, tractores, combustíveis.

Os Emirados Árabes Unidos, com uma contribuição de 12,7 por cento do total das importações, fixaram-se no terceiro posto, com destaque para os combustíveis, adubos minerais ou químicos, trigo, cimento e óleo de palma.

Fonte: CartaMZ