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ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2023 MDM vai concorrer em todos municípios

O MOVIMENTO Democrático de Moçambique (MDM) garante que vai concorrer em todas as 53 autarquias nas próximas eleições municipais de 2023, segundo o presidente do partido, Lutero Simango.
Justifica ser obrigação do partido e respectiva direcção fazer valer o slogan “Moçambique para todos”, colocando na prioridade a visão traçada de promover uma governação participativa e inclusiva sem distinção partidária, religiosa, étnica ou de qualquer outra natureza.

Na entrevista em que esteve com o secretário-geral do partido, José Domingos, Simango explicou que a decisão de concorrer em todos os municípios foi tomada no congresso deste mês que o elegeu presidente e é mais uma prova de que esta formação política está mais coesa e mais fortificada.
Considerou que a agitação que se assistiu antes e durante o congresso por parte dos apoiantes dos outros dois concorrentes à presidência do partido, nomeadamente José Domingos e Silvério Ronguane, todos deputado da Assembleia da República, é normal num processo de eleições internas.

Conforme disse, em situações similares, todos lutam por apresentar as suas ideias que podem ser divergentes ou convergentes, sendo importante que “estávamos a trabalhar para o mesmo objectivo, que é tornar o partido mais forte, coeso e de esperança para os moçambicanos”.
Lutero Simango apontou como principais desafios do MDM trabalhar para conquistar o poder que, segundo disse, foi a principal razão que levou à criação do partido.

Nas eleições autárquicas de 2013, o MDM conquistou as cidades da Beira e Nampula, mas nas seguintes, em 2018, o partido ficou apenas com Beira, o que Simango pretende inverter na próxima corrida.
Lutero Simango é chefe da bancada do MDM na Assembleia da República.
Sobre se vai permanecer na AR ou abdicar para se dedicar plenamente ao partido, respondeu que “estamos ainda a desenvolver consultas internas e gostaria de me pronunciar sobre esta matéria depois de terminar a instalação de todos os órgãos do partido”.

Questionado se podia assumir que o presidente do partido é candidato natural às eleições presidenciais de 2024, Simango respondeu que “na fase em que nós estamos, é importante desenvolvermos primeiro o ambiente de confiança e estabilidade e depois iremos discutir o assunto”.
Esclareceu ainda que não haverá mexidas na gestão do partido até à próxima reunião do Conselho nacional, órgão máximo no intervalo dos congressos.
pessoas, mas todos os cidadãos merecem desfrutar da paz e tranquilidade.

ELEIÇÕES TRANSPARENTES

Defendeu que o seu partido tem como foco para os próximos pleitos eleitorais, desenvolver estratégias para evitar os desvios de votos, situação que diz prejudicar, sistematicamente, o MDM.
“Esse é um dos desafios que nós, como MDM, temos que encarar e estamos a trabalhar para evitar esses desastres eleitorais”, apontou Simango, e explica que este debate não deve ser apenas do seu partido, mas é necessário que haja envolvimento de toda a sociedade, justificando que Moçambique precisa de uma alternância política.
No entanto, minimizou a ideia de que a sua eleição ao cargo de presidente, em substituição de seu irmão, torna o partido tribalista ou familiar, sustentando que o MDM é nacional.
“Eu não sei qual é a dimensão do tribalismo, talvez porque tive a sorte ou azar de viver em ambientes não tribais. O que posso assegurar a todos é que não vão encontrar na minha pessoa esses elementos”, disse, sustentando que ele mesmo está casado com uma mulher da província de Cabo Delgado e a maior parte dos seus amigos não é da mesma tribo.

Morte de Daviz Simango desnorteou os membros

COM a morte do seu primeiro presidente, em 22 de Fevereiro deste ano, os membros precisaram de se reinventar para fazer face aos desafios do partido, momento descrito por Lutero Simango como tendo sido muito difícil para todos.
“Por isso, a sua partida inesperada teve um impacto significativo. Falando francamente, em algum momento ficamos desnorteados mas, com a vontade e convicção dos membros, aliado ao espírito de coesão, conseguimos continuar a marcha”, afirmou.

Para Simango, 2021 também foi um ano difícil para todos os moçambicanos devido às incertezas vividas no Norte do país, antes da chegada das tropas estrangeiras, nomeadamente, da SADC e do Ruanda que ajudam a normalizar a situação e permitir regresso das populações que haviam se refugiado em zonas seguras.

Segundo afirmou, de uma forma geral, 2021 também foi um ano de muitas dificuldades devido às condições impostas pela Covid-19, onde os partidos políticos tiveram muitas limitações na realização das suas actividades.
Considera que, tanto o terrorismo como a Covid-19 afectaram o desempenho da economia, em especial das pequenas e médias empresas, algumas forçadas a encerrar as portas e despedir milhares de trabalhadores.
Sobre o relativo sossego que se vive na região centro do país, depois da morte de Mariano Nhongo, líder da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, Lutero Simango disse não ser adepto da eliminação física de