A EMPRESA Eletricidade de Moçambique (EDM) Área de Serviço ao Cliente, na Beira, está a realizar inspeções a residências e outras instalações com vista a desmantelar ligações clandestinas e outro tipo de fraudes nas ligações elétricas. A informação foi partilhada ao nosso Jornal pelo diretor de tutela, Aníbal Barca, que acrescentou tratar sede uma actividades de rotina efetuada pela instituição, mas desta vez com uma nova abordagem, ou seja, em forma de campanha massiva e abrangente.
Outros sim, explicou que este processo é feito com recursos tecnológicos que permitem que em tempo recorde a empresa tenha os dados refletidos ao nível do sistema, bem como obter as coordenadas geográficas dos clientes.
O diretor da EDM na Beira disse que desde o início da campanha, em Fevereiro, foram inspecionadas mais de 50 mil residências ao nível da Área de Serviço ao Cliente na Beira, onde foram detetadas pouco mais de 800 fraudes.
O interlocutor considerou que o índice de inspeções ainda é baixo, para aquilo que são as pretensões da instituição, olhando igualmente pelo nível de perdas de energia. “Receávamos ter um número bastante alto de fraudes. Entendemos que os autores destas fraudes têm porventura informações sobre o trabalho que estamos a desenvolver, em que bairro vamos atuar, dia e hora, e aproveitam-se disso para poder escapar”, lamentou. Barca revelou que este facto gerou um prejuízo na ordem de sete milhões de meticais à EDM em apenas dois meses.
“Se estivéssemos a faturar estes clientes que estavam a roubar teríamos encaixado valores que por sua vez poderiam impulsionar outros projetos”, referiu. Adiantou que, de acordo com a Lei de Energia, o roubo configura um crime e, aliado a isso, indicou que pelo menos cinco indivíduos encontram-se detidos em diferentes esquadras da PRM na Beira e um total de 17 casos já foram julgados e condenados.
Disse ainda que a empresa tem estado a trabalhar em vários bairros da cidade, especialmente naqueles que apresentam maior índice de fraudes, concretamente Manga e a zona de expansão Malganhe. O nosso entrevistado contou ao “Notícias” que se trata da primeira vez que o processo está a ser implementado na província de Sofala e é uma réplica do que acontece no momento em Nampula, Tete e Maputo, considerados locais com maiores índices de perdas. Revelou que o grande objetivo é reduzir o prejuízo que a empresa vem acumulando nos últimos tempos, o que inviabiliza a implementação de vários projetos, incluindo ligações domiciliárias.
Importa referir que o fim da campanha das inspeções em residências e outras instalações, com vista a apurar o grau de fraudes cometidas pelos utentes, está previsto para Outubro.
Fonte: Jornal Noticias