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CABO DELGADO: Parteiras queixam-se de sobrecarga laboral

A ASSOCIAÇÃO das Parteiras de Moçambique (APARMO) em Cabo Delgado queixa-se de sobrecarga laboral dos seus membros devido ao número reduzido de pessoal formado para a especialidade.

A agremiação acredita que a situação pode estar na origem de alguns casos de mau atendimento reportado por algumas parturientes que procuram pelos serviços de obstetrícia.

Falando após a saudação ao governador da província, Valige Tauabo, por ocasião do Dia Internacional da Parteira, assinalado ontem, 5 de Maio, a secretária da APARMO em Cabo Delgado, Atanásia Bernardino, disse existirem neste momento apenas 430 parteiras para 1.075.198 mulheres, segundo as projecções do Instituto Nacional de Estatística.

Segundo ela, esta situação faz com que duas parteiras, a média necessária para um turno numa unidade sanitária, trabalhem 24 horas, contra oito horas universalmente recomendadas.

“Precisamos de reforço em recursos humanos”, disse numa mensagem apresentada ao governador.

Apesar das adversidades, a APARMO anunciou que as suas associadas assistiram no primeiro trimestre do ano em curso 24.612 partos, contra 23.313 em igual período de 2021.

“Neste momento, contamos com apoio das 503 parteiras tradicionais que temos em diversas comunidades”, destacou Bernardino, que se manifesta orgulhosa por contribuir para o nascimento de vidas.

“É gratificante saber que contribuí para que alguém viesse ao mundo”, destacou Bernardino.

Por seu turno, o governador prometeu que o Conselho Executivo Provincial (CEP) fará tudo o que estiver ao seu alcance para disponibilizar mais recursos humanos, capacitação dos existentes e melhoria das suas condições de vida.