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Aleitamento materno exclusivo até aos seis meses de vida

  • Helena Correia, chefe do Departamento de Estudos Fitoquímicos e Controle de Qualidade dos Produtos Naturais

O Ministério da Saúde (MISAU), através da Estratégia Nacional de Alimentação Infantil, recomenda o aleitamento materno exclusivo até aos seis meses de vida do bebé.

Segundo Helena Correia, a Política Nacional de Alimentação Infantil (PNAI), no âmbito da amamentação exclusiva, recomenda que a administração do remédio tradicional aos bebés inicie no sexto mês, sendo que neste período (primeiros seis meses) a criança deve apenas receber o leite materno com supervisão da medicina convencional.

A pesquisadora aconselha a toma de medicamento tradicional após seis meses. Explicou que o mesmo deve ser conservado num local fresco, podendo ser na geleira, de modo a conservar o seu princípio activo. De acordo com a nossa entrevistada, “o remédio de lua serve para tratar doenças tradicionais que não seriam tratadas na medicina convencional. A doença da lua, por exemplo, não tem tratamento na medicina convencional”.

Doença da lua, explica a nossa entrevistada, “são manifestações que as crianças têm, como por exemplo: a rigidez, a dificuldade de mobilidade motora, a fontanela aberta, um tipo de choro que incomoda os pais e que mesmo amamentadas as crianças não param de chorar”.

O preparo do medicamento, segundo a pesquisadora, tem as suas peculiaridades, pelo que não pode ser qualquer um a fazê-lo.

“Após três semanas, quando cai o umbigo, a criança é levada a um praticante de medicina tradicional, podendo ser uma anciã, uma matrona, uma parteira tradicional… depende de cada família”, explica.

Questionada sobre a não produção local e a falta de comercialização do medicamento tradicional em farmácias nacionais, respondeu que “a pesquisa para se poder fazer um remédio ou medicamento obedece várias etapas, podendo durar pelo menos 8 anos”. Na fase primeira da pesquisa, explica a pesquisadora, a planta é levada e analisada no laboratório e, logo de seguida, é testada para se aferir a sua toxicidade.

Não havendo toxicidade testa-se no Homem.

Declarou que o MISAU, em colaboração com o Centro de Investigação da Manhiça (CISM), está, desde 2016, a desenvolver uma pesquisa de identificação de plantas medicinais para a prevenção de doenças infantis.